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Crédito à habitação: depois da tempestade nos juros vem aí a bonança

...a pressão sobre o BCE para reduzir as suas taxas diretoras vai ser muito elevada durante 2024

Crédito à habitação: depois da tempestade nos juros vem aí a bonança

Como consequência do enfraquecimento significativo do crescimento económico que foi sentido já no terceiro trimestre de 2023 e da descida da inflação para valores próximos da meta do BCE para a inflação, a pressão sobre o BCE para reduzir as suas taxas diretoras vai ser muito elevada durante 2024

OBCE parou a subida das suas taxas diretoras em 20 de setembro de 2023. Mas o que vai acontecer com as prestações do crédito à habitação? Aqui também haverá boas notícias muito brevemente, já no início de 2024.

A partir de fevereiro de 2024, sempre que haja uma revisão da prestação mensal de um crédito à habitação (CH) de taxa variável, o valor da nova prestação irá descer.

Esta minha previsão é peremptória para os CH indexados às euribor a 3 e a 6 meses, cuja refixação coincida com esse mês. No caso dos CH indexados à euribor a 12 meses esta previsão poderá resvalar para o mês seguinte mas não passará dessa data.

Depois das subidas das taxas euribor durante os anos de 2022 e 2023, o mês de janeiro de 2024 será o último em que as prestações dos CH indexados às euribor serão refixados em alta, por valores não muitos significativos e apenas para os CH que refixarem o valor da sua prestação mensal nesse mês.

Como é sabido, as taxas diretoras do BCE mais importantes na condução da sua política monetária são a taxa de remuneração dos depósitos que os bancos fazem no BCE (está em 4%) e a taxa aplicável às principais operações de refinanciamento dos bancos pelo BCE (4.5% atualmente).

No entanto, estas duas taxas diretoras são aplicadas a empréstimos feitos por prazos muito curtos. A primeira apenas para os depósitos dos bancos no BCE por um dia e a segunda vigora para créditos concedidos pelo BCE aos bancos comerciais pelo prazo de quinze dias. As taxas euribor aplicam-se a empréstimos que os bancos comerciais fazem aos seus clientes, particulares ou empresas, com refixação das prestações tendo lugar em intervalos bem mais longos do que os que vigoram para as taxas diretoras do BCE.

Quando vier a ser realizado o balanço deste ciclo de subida de taxas de juro na zona Euro, duas constatações terão lugar. A data dos mínimos destas taxas foi definitivamente colocada em dezembro de 2021 e o máximo das euribor médias neste período terá sido atingido em outubro de 2023, isto para as médias das euribor de 6 e 12 meses e, em novembro de 2023, para a média da euribor de 3 meses.

No total do ciclo de subida que terminou em novembro de 2023, as subidas acumuladas nos três principais prazos das taxas euribor (3, 6 e 12 meses) foram de 4.6%, embora este valor tenha sido atingido de forma distinta consoante os prazos.

A euribor de 12 meses, que incorpora expetativas relativamente a valores mais distantes no futuro das taxas diretoras do BCE, teve subida a mais rápida. Em 2022, a euribor de 12 meses subiu 3.520%. Por sua vez, na euribor a 3 meses que segue mais de perto as mudanças das taxas diretoras e quase só é afetada quando estas alterações efetivamente ocorrem, essa subida das taxas do BCE refletiu-se de forma bem mais lenta. Por isso, a euribor de 3 meses apenas subiu 2.645% em 2022.

Mas a situação inversa verificou-se em 2023. As médias mensais da euribor de 12 meses subiram apenas 1.142% até novembro de 2023, o que colocou a subida acumulada total deste indexante em 4.662%, enquanto a média mensal da euribor de 3 meses subiu 1.909% durante 2023.

Agora, e com perspetiva de reduções de taxas diretoras do BCE em 2024, será precisamente a euribor de 12 meses que irá liderar as descidas das taxas euribor. Assim, durante a fase de descida das taxas diretoras do BCE, registar-se-ão dois padrões ao nível das relações entre as taxas euribor que irão surpreender os menos atentos:

a-) Todas as euribor (nos prazos de 3, 6 e 12 meses) vão registar consistentemente valores inferiores à menor das taxas diretoras do BCE que é o mesmo que dizer que estas taxas serão sistematicamente inferiores à taxa com que o BCE remunera os depósitos dos bancos comerciais feitos no próprio BCE.

b-) Durante o ano de 2024, as euribor com os prazos mais longos serão consistentemente inferiores às euribor com os prazos mais curtos e, por isso, será a taxa euribor de 12 meses que vai estar consistentemente abaixo das euribor de 3 e de 6 meses. E, por sua vez, a euribor de 6 meses estará abaixo da euribor de 3 meses.

Como consequência do enfraquecimento significativo do crescimento económico que foi sentido já no terceiro trimestre de 2023 e da descida da inflação para valores próximos da meta do BCE para a inflação, a pressão sobre o BCE para reduzir as suas taxas diretoras vai ser muito elevada durante 2024.

E é precisamente este cenário que está implícito atualmente nos futuros da euribor de 3 meses que são negociados nos mercados financeiros, os quais estão a prever que estas taxas desçam para 2.5% em dezembro de 2024, isto é, que se reduzam cerca de 1.5% ao longo de 2024, de pouco mais de 4% para cerca de 2.5%.


Artigo de José Carlos Tomás - Diretor Desenvolvimento Novos Negócios Eupago

15/12/2023
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